Pújá

agora conseguimos sentir o vento a estatelar-se graciosamente em nosso corpo, e uma forte brisa encoraja as folhas das árvores a cantarem vivas; e os pássaros que parecem desnorteados sacodem as asas fazendo partículas de prana dançarem desajeitados. gralhas cantam, a relva expele o cheiro a terra. uma imensidão de vida à nossa volta...
e nós maravilhados agradecemos!

agora que a energia cola-se em nós como tal perfume suave aquecido pelo sol da manhã de Verão encostamos as palmas da mão e esfregamos e entregamos as nossas vibrações aos nossos companheiros yogis presentes e ausentes. como nós eles também sentem, partilham, sorriem. uma imensidão de energia à nossa volta...
e maravilhados agradecemos!

agora que nos permitimos aquietar e deixar o pulsar de prana latejar em nós, viramos para dentro ao encontro do nosso Mestre Interno: sentado no centro da nossa alma, massaja o coração com um sorriso nos lábios e com sua voz acaricia o corpo físico - de dentro para fora - uma imensidão de átomos vibra loucamente.
e maravilhados agradecemos!

por fim apressamo-nos ao encontro de Shiva, o bailarino cósmico: aquele que destrói para renovar, para recomeçar como qual Fénix que renasce das cinzas... ensina graciosidade, fluidez de  movimentos em nós e no Eu... ensina a dançar à velocidade do Cosmos, a cantar o som do Universo que está arrecadado nos cantos das estrelas cadentes, cometas, espirais de galáxias... em tudo... uma imensidão bela em nosso redor... em nós...
e nós estupefactos agradecemos!